terça-feira, fevereiro 28, 2006

Pela GISBERTA,
a minha dor,
a minha vergonha.


Para o mundo,
às vezes parece
não haver esperança de céu azul...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006



Frida Kahlo 1907 - 1954

Gosto MUITO desta menina!

Até 21 de Maio, no CCB.


terça-feira, fevereiro 21, 2006

não posso deixar que te leve
o castigo da ausência,
vou ficar a esperar
e vais ver-me lutar
para que esse mar não nos vença
...
(Pedro Abrunhosa, Beijo)
vou a conduzir, não lhe resisto. depois ficam tremidas.
esper(d)ança triste
(este é um título lindo. e ficava bem com esta rosa)

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

é depois da chuva que apetece o azul do céu...
é depois do cinzento que as nuvens, brancas, mais encantam...
é depois da chuva que apetece...
amoravilhar de azul...

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Hoje reli o "Opiário" do Álvaro de Campos.


"Meu coração é uma avózinha que anda
Pedindo esmola às portas da Alegria."

domingo, fevereiro 12, 2006


A mana from leiria faz anos!
Parabéns!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Love is a force of nature
Esta frase promove o filme. Esta frase resume o filme.
Triste. Profundamente comovente. E de voz embargada e pernas a tremer só consegui dizer: Esmagador!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

O buraco
Há pessoas nesta fotografia: o ladrão, eu (com o meu olhar desconsolado!) e a Zélia Duncan. Sim, porque quem fez isto ganhou um "Pré pós tudo bossa band". Que o ouçam! Pode ser que gostem!
Ultimamente uso pouco o carro.
Hoje, entre outras razões para trazê-lo, tive uma vontade irreprimível de ouvir a ZD bem alto. Estacionei-o, como sempre, quase em frente à porta da escola. Umas horas depois vieram chamar-me. Assaltaram-no. Arrombaram a fechadura, roubaram-me o rádio leitor de cd's e estragaram-me o tablier todo, porque tiveram de partir as peças em que ele estava encaixado. Outra vez!!! Sim, porque ele já foi várias vezes invadido, só nunca tinha sido aqui.
Enfim!... Estou um caco!
Há tantas coisas tão mais importantes na vida e eu não consigo deixar de pensar naquele buraco sem rádio. Não há poesia que resista a um buraco injusto como aquele. E agora, quando daqui sair, não vou poder ouvir a ZD de novo. Apetecia-me apanhar o autocarro só para não olhar para aquele buraco outra vez!...

segunda-feira, fevereiro 06, 2006


saudades de cheiro a sol na pele. de areia molhada. de riso frente ao azul. de nuvens pesadas. de presente. o corpo a enterrar-se na areia. debaixo do azul.

domingo, fevereiro 05, 2006

O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade ou na infelicidade
Sentir como quem olha.

(Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos)
Para a A. Gonçalves (http://foradasmaos.blogspot.com) , a minha melhor amiga, em resposta ao seu último post. Fora das mãos, fora do tempo, acreditando que ela tem um coração que nunca seca, ofereço-lhe este mar sem medos. Para ela sentir apenas. Como quem olha.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Completamente afundada em trabalho só me lembrava deste poema hoje.
Ai que saudades de não cumprir um dever, digo eu! Para dizer alguma coisa e perceberem que ainda estou viva!
(Recado para a A.F.G: "liberdade, liberdade, o que é isso liberdade?" Não resisti!)