Pela GISBERTA,
a minha dor,
a minha vergonha.
Para o mundo,
às vezes parece
não haver esperança de céu azul...
terça-feira, fevereiro 28, 2006
terça-feira, fevereiro 21, 2006
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Ultimamente uso pouco o carro.
Hoje, entre outras razões para trazê-lo, tive uma vontade irreprimível de ouvir a ZD bem alto. Estacionei-o, como sempre, quase em frente à porta da escola. Umas horas depois vieram chamar-me. Assaltaram-no. Arrombaram a fechadura, roubaram-me o rádio leitor de cd's e estragaram-me o tablier todo, porque tiveram de partir as peças em que ele estava encaixado. Outra vez!!! Sim, porque ele já foi várias vezes invadido, só nunca tinha sido aqui.
Enfim!... Estou um caco!
Há tantas coisas tão mais importantes na vida e eu não consigo deixar de pensar naquele buraco sem rádio. Não há poesia que resista a um buraco injusto como aquele. E agora, quando daqui sair, não vou poder ouvir a ZD de novo. Apetecia-me apanhar o autocarro só para não olhar para aquele buraco outra vez!...
domingo, fevereiro 05, 2006
O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade ou na infelicidade
Sentir como quem olha.
(Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos)
na felicidade ou na infelicidade
Sentir como quem olha.
(Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos)
Para a A. Gonçalves (http://foradasmaos.blogspot.com) , a minha melhor amiga, em resposta ao seu último post. Fora das mãos, fora do tempo, acreditando que ela tem um coração que nunca seca, ofereço-lhe este mar sem medos. Para ela sentir apenas. Como quem olha.
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
LIBERDADE
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Completamente afundada em trabalho só me lembrava deste poema hoje.
Ai que saudades de não cumprir um dever, digo eu! Para dizer alguma coisa e perceberem que ainda estou viva!
(Recado para a A.F.G: "liberdade, liberdade, o que é isso liberdade?" Não resisti!)
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